segunda-feira, 9 de novembro de 2009

De olhos bem abertos...

Terremoto corporal 10 na escala Histenn... escala de terremotos!
Sonho de olhos abertos.
Na verdade sao pesadelos de olhos bem abertos.
Frio na espinha...
Nao queria ter essas ideias, esses sonhos, essas vontades!
Mais uma prova na vida e uma das dificeis, mas n impossiveis.
Medo!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

De olhos bem fechados...

Se fosse de verdade,
nunca iriam saber.
Se fosse pra acontecer,
eu nao deixaria!

A pele fala.
O coração também.
O fogo de dentro clama.
A razão enebriante desconvém.

Era simlesmente pele. Pele, pele.
Sentia a pele, o fogo arder nela.
A emoção tocando todos os pontos do corpo, dos pés à cabeça.
Do coração à emoção.
Era fogo, era pele.
Era pura atração
que lhe forçava a entrar no mundo mais obscuro de sua mente.
E de la nao queria sair
mas desejava nao ter q viver por aquela emoção.
Era um beijo, simples toque do demonio.
E era fogo, fogo
E era pele, pele.
Pele e fogo.
Ardia, doia e machuca.
Mas é tudo um sonho.
A realidade é boa e convem.

Abriram-se os olhos.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

De olhos bem fechados...

... estava ele em pé, tonto, muito tonto. Percebeu o outro rapaz sentado a lhe olhar. Os olhos se encheram de lagrimas. Tanto tempo... pouca mudança. O rapaz se aproximou e lhe disse "Por que nao vieste atras de mim?" O menino respondeu "Eu te procurei por toda a minha vida! Mas tu nao estava aqui, nao para mim". O rapaz nunca havia fugido, nao havia deixado a cidade. Estava sempre ali desfarçado aos olhos de todos.

O menino que era forte, objetivo, calculista e muita das vezes frio foi tomado pela inação. Nao conseguia se impor, expor sua revolta, sua raiva acumulada por tanto tempo. Aquele rapaz ainda mexia com ele, mexia com as suas fraquezas, com seu coração. Ali estavam ambos novamente, cara-cara e o menino nada fez, apenas se desculpou e chorou. Pediu desculpas por tudo, por n ter feito a coisa certa no momento errado. O rapaz derramou algumas lagrimas, mas mostrou-se forte, imponente, como sempre o fora, ainda que somente de fachada.

Mas o menino sentiu que n era mais a mesma coisa. Aquele rapaz mexia com ele, mexia com sua pele, seus sentidos, seus instintos, ou seja, liberava nele algo descontrolado que fazia questao de mostrar. Mas nao era mais aquilo q o menino queria. Nao era aquela sensação indescritivel que ele queria sentir. Ele queria algo maior, algo verdadeiro e eterno e nao meramente algo passageiro. Usou todas as suas forças para se desvencilhar das sensações q começava a sentir. Tentou despertar, a angustia batia em seu peito enquanto o rapaz usava seu charme para tentar enfraquecer o menino.

Chorando, o menino conseguiu acordar. O peito apertado, a repiração ofegante e na mente a saudade de algo do passado q n mais retorna.
O menino ficou muito mal, pq ao mesmo tempo que rejeita essa emoção por nao mais valer a pena, ao mesmo tempo a deseja ardentemente, porque sabe o q ela lhe provoca. É a heroina de seu corpo, o fogo da sua carne, a paixao de seus instintos, o vicio da sua vida. Somente dessa maneira, de olhos bem fechados, q o menino consegue o reencontro tao almejado, mas tambem tao preocupante.

"Tem coisas que sao muito dificeis de se lidar. Esse é o karma do menino. Agora ele sabe que terá que conviver com essa angustia para sempre, porque ele n ve mais alternativas para livrar-se dela. Sozinho, no seu mundo particular ele vai lutando todos os dias, uns dias melhores, outros piores, mas ele vai vivendo e descobrindo q algo maior o zela e é esse algo q ele quer para sempre, ainda q deseje sonhar todas as noites com o rapaz".

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Com os pés no chão...

Interessante pensarmos na possibilidade da dor como algo que nos fará alcançar algo maior em nossa propria consciencia.

O fator "morte" espanta muitas pessoas, e nisso me incluo. A morte apavora porque nao a compreendemos em sua totalidade. Se formos tomar ao pé da letra esse momento da vida, enlouqueceremos cada vez mais, pois que nenhum ser humano pode ao certo aliviar a dor quando se perde alguem para a morte.

Mas convenhamos, o ser humano é egoista demais para querer largar mao de seus desejos a partilhar experiencias que realmente valham a pena. Quem de nós consegue abrir mao de um saboroso sorvete para contemplar a magnitude da abstinencia? Na maioria, as pessoas conseguem abrir mao do sorvete. Conseguem abrir mao, entoa, de ser egoistas? De se dedicar a ajudar andar de onibus ao inves de andar de carro? De se vestir simplesmente ao inves de se identificar com roupas estravagantes ou exageradamente caras?

Pouco provavel. Isso se deve ao fato de que todo ser humano é desejo personificado e esse desejo, se nao controlado, leva ao vicio, à torturas mentais das quais nao se esgotarão nunca, haja vista que o desejo é insaciavel. Uma coisa é voce tomar o sorvete. Outra coisa é vc fazer do sorvete um habito permanente cuja necessidade será deturpada.

Nessas horas de dependecia, gritamos por ajuda. Um alcolotra, um drogaticio, uma ninfomaniaca... Todos esses, em determinado momento, pedem ajuda por nao mais saberem controlar seus desejos conturbados. Mas nao sao somente esses que precisam de ajuda. Posso dizer que quase toda a humanidade é viciada em afeto, mas por serem dependentes de carinho e afeto. Nao podemos ser vitimas de nossos proprios sentimentos, dos nossos proprios desejos. Um amor que prende é um amor doente. Uma paixao que mataé uma paixao deturpada. Portanto, somos dependentes de outras pessoas para sermos felizes.

No momento de desespero gritamos por ajuda e quando a ajuda humana n surte efeitos, gritamos aos ceus. Daí vem outra pergunta: por que pensamos que Deus nos livrará de todos os males? Ele pode livra-nos?

Creio eu que Ele pode, pode tudo. Ele é o pai da criação. Como diz a biblia, Ele é!!! Entao , por que parece que ele n ouve? Porque Deus nao está interessado em nos curar pondo a mao na nossa cabeça. Ele nao quer te levar no colo, como a nossa mae fazia quando eramos crianças. Deus não é que nem nossa mae. Nossa mae canta musicas pra nós, nos faz dormir, larga tudo no mundo pra te dar proteção e ela consegue. Mas Deus nao faz isso simplesmente. Ele afaga nossas dores, mas ele nao tira o peso de nossa cruz, porque quem cria nossa cruz somos nós. Nós é que temos que aprender a deixar a cruz e correr pros braços de Deus, porque senao seremos dependentes do afago dele pra sempre e essa tortura n terá fim. Ele quer que nós cresçamos, que viremos adultos espiritualmente e nao meros beberrões dependentes Dele. Ele nao quer bebes, Ele quer anjos. Ele nao quer homens, Ele quer santos.

Portanto, temos que ver que não é Deus que nos livrará das situações e nos levará para os Seus braços na eternidade. Ele quer que nós tomemos consciencia de que somos capazes de superar tudo pedindo iluminação Dele. Ele ilumina, mas nao conseguimos ver sua luz, porque somos crianças que nao entendem o castigo dos nossos pais. Por isso que hoje, quando adultos, sabemos que nossos pais sempre tiveram razao. Um dia também será assim: quando crescermos espiritualmente daremos razão à Deus, pois que atingiremos o entendimento necessário para compreende-Lo.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sentir é sem sentido!

De olhos bem abertos...

Quando se sente que nao se sente mais nada!
A vida continua, continua.
O que era doce se acabou!
O que nao teria fim ja ficou pra tras.
Coisas futeis, coisas boas.
Nao sabemos ao certo para que tudo isso,
mas sabemos que fica na gente
como algo eterno
uma lembra,
um aconchego.

Passa, despercebidamente, mas passa.
Passa sem sentir.
O odor da morte passa,
as lagrimas passam,
o riso passa,
o olhar passa,
mas deixa a eterna lembrança.

Sao lembranças que levamos e que ninguem tira!

Passou, é tao bom.
Passou...
Vontade de reviver tudo novamente para que fosse diferente
pra efrentar coisas que n tivemos coragem.
A vida é feita disso.
Precisamos de experiencias para sentir-nos vivos.

Mas passa, todas elas passam.

E passou.
Ficou, passou.

Hoje posso dizer que o amor me dominou.
Sei o que é isso, so nao sei o que se foi.

Passou.

Livre novamente!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Uma vida de hotel

De olhos bem abertos:

A vida é como um hotel. Você chega alegre, eufórico. Olhando por todos os lados. Muitas cores, muito luxo (ou não), muita coisa diferente da qual nao se está acostumado a ver. Nao faz parte do seu dia-dia.

As pessoas sao estranhas, mas sao simpaticas, educadas, receptivas e bem humoradas. Seu quarto é o melhor e mesmo que seja dificil de se acostumar a ele, logo pega o jeito, haja vista que sua alegria é tamanha que lhe proporciona a adaptação imediata.

Um passeio aqui, um passeio ali, um banho na piscina, um café da manha de outro mundo, um "olá" desconhecido com sotaque diferente, uma outra lingua que nao a nacional... Tudo é diferente, distinto, mas tudo se completa.

Todos ali nao pertencem aquele lugar, mas craim forças juntos para se estabelecerem e permanecerem. A felicidade gratuita surgida da empolgação ajuda a aquilibrar.

Ate que as coisas se transformam. Aquele vizinho que todos os dias tomava banho de sol nao está mais ali. A menina com seu baldinho nao está correndo pelos corresdores, o senhor careca nao aparece no café da manha. Aqueles que passam a ser seu referencial de equilibrio nao se encontram mais ali. Entretanto, outros ocupam seus lugares. Quem os mandou em substituição?

A alegria começa a desaparecer e o novo começa a ficar estranho. As pessoas vao desaparecendo, sendo substituidas e você continua ali, sozinho vendo tudo se modificar e menos a sua estadia nao se modifica.

Os corredores começam a lhe sufocar, a piscina começa a ficar esverdeada, o azul do céu nao muda sua cor enebriante e cansativa. O que lhe era novo vira comum, vira cotidiano, vira o seu dia-dia. A monotonia da imperfeição.

Entao surge o momento em que você tem que ir embora, é a sua vez de mudar o cenario daquele grande hotel. Os que ali estavam quando você chegou não estão mais e somente resta você a deixar o local.

A nostalgia invade a sua porta e lhe provoca sensações terriveis. O fazer de malas lhe deixa triste. A saída do quarto lhe deixa uma lagrima. Tudo se transforma repetinamente. Mas você tem que partir para que outro ocupe o seu lugar. E, por fim, você desaparece aos olhares dos que ali ficaram e que tambem sentirão sua ausencia.

Será que a vida de hotel nao lembra muito a vida do ser humano? Nascimento-morte. Chegada e partida. Alegria e sofrimento. Novidades e rotinas. Nosso mundo é um pequeno hotel.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

De olhos bem fechado ha o escuro!

agora eu sei o q o fundo representa.
sei das mazelas escondidas por traz de tanta capa.
sei das angustias predominantes nas manhas e as torturantes na noite.
apenas um breu, sem luz, sem ar, sem nada.
um lugar escuro onde predomina e reina apenas o escuro.
um negro incomparavel. Digamos que seria uma queda no espaço. Sem chao, sem teto.
No fim surge um outro ser humano, cuja essencia me faz ver que nao estou sozinho.

Sei que nao sou daqui, sei que nao pertenço à este plano, à este mundo. Mas um turista veio me acompanhar e está aqui pra me dar forças. No fim percebo que nao pertenço a ninguem e ninguem me prende, a nao ser esse turista outro que me acompanha no escuro.

Espero que nao seja apenas um reflexo de mim. Mas tenho certeza que nao é.

Foi assim que despertei.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

1, 2 e 3: Morri!

Um sono pesado batia-lhe os olhos por de cima da mesa de estudos. A cabeça guinou para frente e sentiu um baque na orelha direita. A sua frente viu uma luz branca e fraca. Hipnotizante, dirigiu-se a ela. Longinqua luz o fez penetrar num tunel e desembocar nessa claridade onde tudo era vida. Tudo tao real, tudo tao verdadeiro.

Rostos conhecidos, pessoas de infancia, do passado e do presente. Do ontem e do agora. E na verdade, do de sempre.

Apenas um rosto lhe fez chorar. Um rosto eterno, puro, de luz, paixao e amor. De onde o tinha perdido? Por onde o tinha deixado fugir. Sua parte perdida estava ali. Em vida sabia que faltava, mas o desconhecia. A ausencia era sentida, mas assim como a dor, você se acostuma a viver sem.

Um abraço naquele ser e lhe fez recordar tudo. Todos os pontos, os detalhes de todas as suas vidas. Completavam-se como se fossem apenas um. Levou-o para fora e lhe mostrou o sol. Era indescritivel. Uma bola amarela cheia de luz, mas nao afuscava os olhos. Um por-do-sol perfeito olhando diretamente para a bola de fogo. Do outro lado a lua suave no ceu azul escuro. Um brilho intenso em sua ponta direita inferior a deixava linda, magnfica.

Por que tudo era lindo? Por que tudo se completava?
Aquele ser virou para ele e lhe disse:

- Sua mae, logo virá para cá! Você tem q decidir: quer ficar ou quer ir?
Ele queria ficar. Nada mais importava.
Mas logo lembrou-se de sua mae. Como ela estaria? Sofrendo pela sua partida. Deveria ve-la antes de partir de vez.

- Preciso voltar.

Um empuxo subito lhe espurgou daquele lugar e todas as dores voltaram. Viu apenas o ventilador girar ao lado da sua cama!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

De cara com a prece.

Era tudo sem foco. Nao conseguia distinguir ao certo nada do que vislumbrava.
Era uma sala grande, com mesas de estudo cumpridas de madeira com aparelhos eletronicos em cima como se fossem computadores.

Parecia de fato uma sala de computação de uma faculdade.

Na tela conseguia ver o planeta Terra em movimentos circulares bem lentos e por traz o forte sol a brilhar. Como em camera lenta, a imagem foi edentrando no globo mostrando o percurso que teria que fazer, ja que o momento estava proximo.

O local indicado pelo suposto computador era a orla de uma cidade. Nao sabia dizer qual era e nem onde ficava, ja que essa Terra nao era a que costumamos e ver nos filmes. O professor me chamou em voz alta:

- Está na hora. As mudanças têm que acontecer. Você está pronto?

Nao, ele nao estava pronto. Como iria conseguir detruir aquela cidade? Nao queria destrui-la. Mas teria. O professor disse no pé de seu ouvido:

- Nao tenha medo. Está tudo na maneira que deve estar. Reze se tiver medo, ou repita AMEM para você mesmo. AMEM significa "assim seja", mas se preferir, pode proferir o mantra OUMMMM que significa "assim seja".

Ele proferiu o OUMMM e tocou na tela do "computador" com seu dedo indicador nas aguas distantes daquela cidade. As aguas se perturbaram e formaram uma onda que foi se espalhando e atingiu algumas cidades costeiras e ilhas, mas nao atingiu a cidade indicada no mapa.

Percebeu que nao eram as aguas que iriam destruir a cidade, mas sim que a onda era apenas um pressagio da destruição. Na propria tela apareceram avioes de caça se dirigindo aquela cidade e a bombardeando sem piedade. As explosoes foram de tamanha magnitude que puderam ser vistas do espaço de um brliho muito forte.

O professor chegou ao lado dele e lhe disse:

- Nós nao controlamos as vontades do homem. Mas podemos controlar a natureza. Nao foi você quem destruiu a cidade, foram os proprios donos do planeta.

Sentiu uma tontura. No fundo sabia que aquele episodio para ele fora de poucos minutos, mas na Terra pasou-se alguns anos para que cada um dos acontecimentos se realizasse.

Ficou muito tonto. Levantou-se e apoiou-se na mesa.

- Professor!!! - gritou.

- Calma, disse o professor sereno. Sente-se que tudo vai ficar bem. Feche os olhos.

Os fechou e nao lembra mais de nada.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Quando criança...

costumava a brincar na casa de vó.
O local mais interessante de todos.
Era onde tudo convergia:
da alegria à orgia!

Abriu os olhos e estava parado olhando ao redor.
Dentro do box do banheiro. Sozinho mergulhado em sensações estranhos que lhe arrepiavam os pêlos. Subia das pernas, percorria os orgaos genitais, alcançava a espinha, coçava o estomago e atingia os cabelos lisos. Que sensação era aquela? Uma sensação que nao sabia ser nova ou antiga. Que sensação era aquela em que a vontade de gritar era terrivel, mas nao queria deixar de sentir a sensação.

Como se ja esperasse, entrou no box um de seus primos. Era o meis velho deles. Devia ter uns 15 anos. Alto, magro, bonito e barba rala no rosto. Sua altura era descomunal, mas será que o era devido a baixeza dele ou era o primo que era alto mesmo.

Nu, completamente nu. Seu corpo era o objeto das suas sensações. Estas intensificaram ao ve-lo parado se molhar, como se nao estivesse vendo-o parado ali fitando o corpo do primo.

Foi entao que o primo chegou perto e lhe carregou ate ficarem cara-a-cara. Suas grandes maos o envolveram e instigaram a maior sensação, pulsao que lhe afligira. Um beijo molhado tirou o suspiro deprava e contido por tanto tempo.

Aquele corpo era, uma unica vez, dele, somente dele.
Era o erotismo personificado naquele primo e n precisava mais nada, apenas te-lo para si ali mesmo naquele banheiro, realizando as suas luxurias infantis ate entao desconhecidas.

sábado, 20 de junho de 2009

diluvio de emoções

Era numa praia muito grande, ampla.
o sol se punha no oeste enquanto a lua surgia ao leste por sobre as aguas da praia.
aguas essas escuras, cor de barro.
o nome do lugar era Mosqueiro e batia um vento suave de fim de tarde.
gostoso aroma de marezia.
O sol amarelado deixava a paisagem colorida de um amarelo queimado, como se fosse uma fotografia antiga que ficou amarelada, ou entao aqueles filmes dos anos 60 em que a unica cor da filmagem era o amarelo escuro.

Ele estava inquieto. Sentado na cadeira de prai, observava o por do sol e se virava pra vislumbrar o nascer da lua. Seu peito gritava por algo que nao sabia identificar. Era um sufoco a toa, idiota!
Levantou-se da cadeira e fez um desenho na areia para passar o tempo e quem sabe esquecer a angustia que so aumentava.
Passado um pequeno tempo, tentou ler o que havia escrito nos graos aos seus pés, porem, nao sabia o que tinha escrito. Ainda que as letras fossem claras, o entendimento nao o era.
Pareciam letras soltas.

De repente, um som oco o espantou. Percebeu que a margem das aguas da praia foram abruptamente recolhidas para dentro. Que nem uma onda quando se forma, levando consigo as aguas da beirada, assim ocorreu. Mas as aguas se recolheram muito, uns 30 a 50 metros para dentro do mar.

Abismado, reparou que ao longe uma onda gigantesca se aproximava da costa e estava havida por terra firme. O vento sorpou violentamente tirando da areia os guarda-sois encravados. As barracas tiveram seus telhados arrancados e as pessoas entraram em desespero. Uma correria começou enquanto ele congelou em frente à onda que chegava mais perto. Sua mae lhe puxou o braço comletamente amedrontada.

Voltando a consciencia, ele correu junto com ela subindo uma pequena escada para alcançar a rua. Mas foi tarde demais. A onde chegara. A unica e ultima reação que teve foi agarrar-se a uma arvore junto a sua mae e observar a onde gigante quebrar por sua cabeça.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Aprendendo a amar!

no meio da rua estava ele. Sozinho novamente, ou ainda!
Olhou para o topo da rua por onde estava a poucos minutos.
Nenhum carro, nenhuma alma, somente ele e a chuva!
Chuva grossa, pesada, gélida... As gotas a pingar em seu rosto feito agulinhas penetrando a carne.
O céu negro-acinzentado. Nenhum resquicio do sol ou de luz. Era apenas ele parado.
No canto da rua surgiu uma figura. Magro, cabelos curtos e lisos, olhar concentrado, negros olhos. Molhado, ensopado. Camisa grudada no corpo devido a agua.
Ele se aproximou daqueles olhos concentrados. Cada passo em sua direção era uma sensação diferente e intensa. O corpo se eriçava, a pele coçava, o coração acelerava, a garganta secava. Aquela figura mexia-lhe com todo o corpo sem ao menos lhe tocar. Apenas o olhar daquele estranho leh causava um impacto terrivel.
Estranho? Nao, nao era ele estranho. Ele o conhecia. De algum lugar, de algum tempo, ele o conhecia.
Era como se libertar do proprio corpo, da propria pele. Aquele rapaz, aquele garoto era a ansia da sede, era sede pura que secava a garganta.

Chegou perto e lhe tocou o rosto. A sede aumentara, o corpo tremia, as pernas falhavam, o choro escorria. Escorria e se perdia com os pingos da chuva.
Algum dia quando as lagrimas se fizessem, ele as esconderia por debaixo das chuvas, para que ele nunca as visse, para que ele nunca visse suas lagrimas por ele. Mas ele estava ali. Ainda que nao visse, sentia o soluçar do peito, o frenesi do coração.

O beijo foi o mais terno possivel, porem, cheio de paixao. O universo parou, tudo ficou escuro e n se sentia mais nada. Era como ser completo. Queria que as peles fossem uma só, que as bocas fossem uma só. Nao sabia como, mas queria beber aquele garoto, queria comer aquele ser, queria saciar sua ausencia interna com aquele ser estranho, mas conhecido.

A cena parou no beijo. No beijo molhado da chuva e salgado das lagrimas e nunca mais ele voltou a tê-lo. Nunca mais voltou aquela rua para voar nem para amar. Mas ele sabia que dali algo se concretizaria. So nao sabia que demoraria tanto!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Aprendendo a voar

Estacionado no topo da rua, a qual tinha uma inclinação suave.Deste topo se via uma pequena parte da cidade, pequenissima na verdade!
Atras de si uma igreja; na frente uma rua de largura apenas para dois carros. Um sopro gostoso no rosto e uma louca vontade de voar.
Nao um voar de bater asas, mas de levitar do chao, do proprio corpo e sentir-se livre.

Nenhum som, nenhum movimento. Ninguem na rua. Nem um ruído sequer.
Era apenas ele, sozinho, no topo da rua!

Acelerou as pernas e correu. Dez passos após o percurso deu um salto rumo aos ceus. A gravidade apenas fez sua parte: puxou o rapaz para o chao.Prendendo a respiração como quem quer flutuar por sobre as aguas, ele flutuou a dois palmos de distancia do chao e em inercia ia descendo a rua.

Era dificil manter-se concentrado no voar, mas a sensação era de total liberdade. Fradativamente voltou ao solo se debatendo. Instigado por nao conseguir manter-se flutuando, retornou ao topo da rua meio ofegante. Voltou a correr e saltou novamente rumo aos ceus e prendendo a respiração. Flutuou novamente por dois palmos do chao descendo a rua com o suave sopro do ar aos seu olhos.

A respiração lhe falatava por prenda-la em excesso para manter-se no ar. Expirou e rolou fortemente no chao asfaltado. Lanhou sua pele, sem ferir-se no chao. Levantou-se ofegante, como se estivesse com asma. Era dificil demais manter-se voando.

Sua visao embaçou e seus olhos reviraram. Estava tonto e iria desmaiar. O voo consumiu toda a sua energia e ele desfaleceu ao chao por sobre os ceus azulados e silenciosos como aquela cidade.

domingo, 31 de maio de 2009

Reestabelecimento do equilibrio

e o tempo vai passando
n importa o q tu faça
o q t fazia rir hj ja n tem mais graça!

tudo muda
muda de lugar
os personagens passam
e entra um novo elenco

se tu axas q és grande
advinha, és tao pequeno.

t diminue.
deixa de lado o orgulho.
a vida passa e leva com ela tudo de ruim q ja fizemos.
e o q fica na historia
uma hora volta
e n se apaga!

a tua vida conta tudo de ti mesmo.
e eu, ainda q enganado
sei q a tua cabeça é o pior lugar para se estar neste momento.

mas se ligue!
o jogo da vida se joga abertamente
pq se for trapacear, a vida saberá
e a vida apenas vai passar
e vc n mudará!

sábado, 23 de maio de 2009

...

aonde dobra a rua?
aonde se perde a noção?
aonde nao se sabe a direção?
aonde nao se tem o controle?
aonde a ansiedade se esconde?
aonde o olhar nao se perde em vao!

aonde tudo isso eu nao sei a resposta, mas sei o caminho caminho que percorri pela rua.
sei onde perdi a noção;
sei a direção q tomei;
sei o controle que tive;
sei da ansiedade sentida;
e sei onde o meu olhar pousou para nunca mais pousar!

hoje, 95%
está quase em 100%

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Pausa para se torturar (vertigem)

pense numa imensidao!
pense forte...
pense em algo sem fim.
e sem inicio.
pense forte
se ajudar, feiche os olhos e pense.
ja pensou?
deu pra ter uma ideia mental?

agora me diga: o q sentiu?
se n sentiu nada, volte a pensar em vc no meio de algo imensamente grande, infinito!
no meio da mar, por exemplo, sem terra a vista.
ou no meio do espaço estelar sem nenhum sol ou planeta por perto.
pense profundamente.

pensou?
e agora, o q sentiu?

se continua sem sentir nada, entao reveja o seu conceito, porque vc está literalemente neste momento no meio do infinito e se nao consegue senti-lo, é provavel q estejas com os pés no lugar errado, ou talves com a mente dispersa d+

e digo: se n sentiste nada, nao terás como compreender o q aqui digo!
pq o q sinto é imensuravelmente grande a ponto de me desesperar por tamanha infinitude!

Boa semana!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Pai: a causa de tudo!

Por incrivel que pareça, nesse fds eu fiquei ao mesmo tempo perplexo e estonteante.
Queria dividir isso com o leitor.
A magnificencia da inteligencia é tao absurda que ultrapassa qualquer noção de sua abrangencia.
Caso alguem áinda nao tenha lido Freud, aconselho que leia.

Num pequeno mundo azul que chamamos de terra ocorre a maior batalha psicologica de todas as eras. O unico problema é que essa guerra é pre-historica e subsiste ainda hoje.

A figura materna, da mae, sempre despertou a doçura de todos os seres humanos. A mae carrega consigo a figura da emoção, do colo, da beleza, da ternura, do acolhimento. Em quase todas as sociedade ocidentais, a mae tem um papel fundamental e é a primeira pessoa que gritamos quando nos deparamos com um perigo: "Mamãe!".

E o pai? Onde está essa figura? Para os que nao perceberam, o pai, quase sempre, é jogado para o lado ate certa idade. Quando pequenos ignoramos e temos certo medo do Pai, contudo, após crescermos, tomamos conhecimento de que ele se torna alguem bem especial: um exemplo, um espelho!

A figuramasculina é tao importante quanto a feminina, e digo mais, talves seja a mais importante figura. Nao é machismo. Que nossa sociedade seja machista, isso nao é novidade. Mas interpele com a razão e nao com a emoção. Sou contra qualquer forma de autoritarismo, inclusive a o sexual, mas que de fato o papel do Pai é de estrema importancia, isso sem duvida alguma.

O mundo é nada mais que reflexo do que guardamos em nosso inconsciente do nosso pai. O Pai nos primeiros anos da criança é seu antagonista. Ha uma guerra pasicologica dentro da criança por derrotar o pai e conquistar a mae. E quando isso nao acontece (na maioria dos casos), o filho passa a idolatrar o pai e ao mesmo tempo a querer combate-lo e obter o seu poder (poder esse que recai sobre a figura feminina, a mae).

Daí porque Cristo é masculino. Se ele viesse no corpo feminino nao teria voz suficiente para provocar os romanos. Possivelmente nao seria seguido por seus discipolos, uma vez que a sociedade na epoca era exclusivamente patriarcal. Esperto foi ele que passou seu ideal pelo simples fato de ser homem. Claro que encontrou resistencias, mas somente sofreu o que sofreu porque foi homem, se fosse mulher seus planos teriam dado errado. Hoje em dia, como muitos creem que o Cristo voltará, se Ele vier no corpo feminino será muito mais ouvido do que na sua primeira vinda.

Por isso, inclusive, que quando se refere a Deus, chama-o por Pai. O Pai é a figura mais complexa de tudo e é o seu fator sexual que impoe a nossa personalidade, nosso mundo, nossas ideias. O Pai é ao mesmo tempo a solução e o problema do mundo. Nao digo o Pai-Deus, mas a figura paterna e disso estendo ao conceito de Deus-Pai-Homem-Masculino.

Creio que a viagem racional aqui foi ate profunda, mas o tema é vasto e muito bonito. Depois que compreendemos a figura paterna, acabamos por perceber que nossos problemas estao ligados a essa figura tao antiga quanto é presente hoje.

Pare, pense e veja se estás acordado ou sonhando!
Entre e viva o mundo dos sonhos de Morfeus!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Do Nada Deus (parte II)

Existe grande diferença entre entender e aceitar.
A principio, elas podem ate se confundir, mas sao bem diferentes, ainda que sejam consequencias uma da outra.

Quando se entende algo, cabe simplesmente ter a noção do objeto ou circunstancia.
É a acepção, o conhecimento raso do q se verifica.
Se digo que entendo o fenomeno da chuva, é porque sei que o calor esquenta a agua, que vira vapor e se condensa mais tarde formando a chuva.
Entendo os mecanismos de algo. Entendo, ainda que superficialmente, o como, mas nao necessariamente a causa.
Para entender basta que se conheça um pouco do fato conhecido.

Ja aceitar é outra estoria.
Aceitar significa dizer sim. E dizer sim pode ser algo negativo.
Posso dizer sim à pena de morte. Ou seja, eu aceito a pena de morte (é exemplificativo o que ponho aqui, ok).
Entao, aceitar é jogar o entendimento de lago para dentro de si, é conhecer, é entender de forma mais interna, mais subjetiva.
Se eu aceito algo é porque tiro das minhas concepções que determinada coisa pode ser util a mim ou a outra pessoa.

Portanto, aceitar é a fase final do entender.
Mas o inverso nao é verdadeiro.
Posso entender algo, mas n aceita-lo.
Posso entender os motivos que levam uma pessoa a cometer um crime, mas nao aceito o crime cometido.
Posso entender o como a chuva se forma, mas nao aceito que ela caia em forma de agua, podendo cair em forma de neve.

Entao, aceitar e entender sao situações parecidas, porem, distintas.

Como disse a um amigo recentemente:
"No passado, as pessoas nao entendiam os homossexuais. Hoje ja se entende o seu comportamento e sabe-se que nao sao pessoas doentes ou malucas. Hoje se entende que sao pessoas normais com capacidades identicas a de qualquer outra pessoa. Porem, ainda hoje nao se aceita. E o fato de nao serem aceitos incide quando nao estamos aptos a ve-los demonstrando afeto. Uma pessoa entende que ser homossexual é normal, mas nao aceita tal comportamento, tanto é que uma pessoa pode ate ter um amigo que seja homossexual, mas n quer a homossexualidade para o seu proprio filho. Entao, se existe essa visao de distanciamento, entao ainda nao existe a aceitação, mas apenas o entendimento".

Isso é tao forte que somente os conscientes de si mesmo podem dizer se sao pessoas que entendem ou que aceitam.

Entao, primeiro devemos entender o porque da existencia humana, da existencia do mundo, do sistema solar, da galaxia, do universo e entender, acima de tudo, a nós mesmos, porque daí que se partirá para a aceitação de quem somos e de que ha um Deus muito maior do q qualquer outra coisa imaginavel ou nao.

Deus nao se mostra, mas n seja por isso q n exista.
Quando conhecemos uma obra, por exemplo, um quadro, sabemos que alguem o fez, mas nao precisamos ver o pintor para saber que ele existe. A propria existencia do quadro é suficiente para caracterizar a existencia do pintor.

Agora imagine o universo e principalmente o homem, dotado de inteligencia. Ora, se construimos maquinas com inteligencia artificial, é poruqe somos dotados de inteligencia para a construção de algo inteligente. Entao nós, mero humanos, fomos criados por algo inteligente. Parece mais obvio!

Uma parabola:
Uma vez o homem chegou a Deus e lhe disse: Deus, eu sei como criar o homem.
E Deus leh responder: Pois bem, cria-o.
O homem disse: É so pegar um pouco de barro...
E Deus interpelou de imediato: Espera. Primeiro faz o teu barro proprio para depois criar o teu proprio homem.

Moral da estoria: a gente usa aquilo que nos foi dado n por nós, mas por outro pre-existente a nós.

domingo, 12 de abril de 2009

Do Nada a Deus - Cavalo selvagem (parte 1)

Cavalgando pelas linda paisagem verdejante vai o cavalo selvagem.
Beleza imponente, num belo por-do-sol, sem nada a temer.
Pensando que a vida está exatamente perfeita, viva e esplendida.
Engano.
Ela nunca foi tao futil, tao fraca, tao egoista.
Uma nuvem negra quebra o encanto da paisagem.
A sede enfraquece o belo cavalo.
Um leao a espreita deixa o clima tenso e ansioso.
Nao, nao é tao belo quanto se pensa.

Num mundo pequeno, de detalhes impercebiveis, o cavalo dança sobre as patas.
Nao sabe ele que vai ter que deixar a felicidade passageira.
Nao tendo forças para controlar as mudanças ocasionais da vida, ele contraria a natureza inflingindo sobre si mesmo caracteristicas absurdamente imponiveis.
Mas o que ser ele senao um mero cavalo?

Nosso orgulho, nossa imponencia, nossa felicidade.
Tudo superfulo diante da magnicancia do universo.
Pequenos graos de areia altamente poderosas, mas que nao conseguem mudar a sua propria mente.
Por isso somos constantemente açoitados pelos chicotes de anjos alados.
Chicotes que ardem muito mais do que a fome, do que a sede de amar.

Todo nosso orgulho, toda nossa prepotencia açoitada dia-dia e maldizemos à Deus por nossas enfermidades.

Nao farei isso!
Nao serei mais um cavalo selvagem em sua pastagem verdejante achando que tudo está perfeito, enquanto sou o mais imperfeito.
Açoita, óh Pai!
Açoita esse corcel orgulhoso e promiscuo.
So nao me abandone e me dê forças para resistir a nao cometer os erros do passado.

Oh fardo cansado.
Nao pensei que essa cruz fosse tao pesada.
Mas ela é minha e tenho que saber conduzi-la.
Fechando as maos nesse instante, porque os dedos nesse momento sao os que podem me fazer vacilar.

Muito fraco pelas minhas penas.
Meu orgulho ferido corroi toda a minha entranha.
Mas isso passará.
Sinto passar...

sábado, 4 de abril de 2009

Da Morte (parte II)

Seria ela um subterfugio?
Um refugio subterraneo?

Muitos tem medo dela.
Muito a detestam.
Pessoas acham que se alimentando melhor afastarão o que mais certo nos rodeia.

Nao tem como escapar.
Do mesmo modo que a vida é certa, a morte assim também o é.
Então, por que o medo?
Medo do "como morrer" é salutar,
mas medo da morte...?

O que ela faz de tao ruim a ponto de termos medo dela?
percebem que o medo é egoista?
o medo que temos da morte é um medo pessoal, personalissimo.
Medo de morrer significa medo de EU morrer.

Agora quando a morte é do outro ela não causa medo.
Ela causa SAUDADE.
Não é a morte do outro em si que causa mal-estar, mas a saudade que dele sentimos.
Claro que é uma saudade muito mais intensa porque nao veremos em nenhum lugar a pessoas que tanto gostamos.
Porem, nao deixa de ser saudade.

Pode ser que tenhamos medo de sentir saudade.
Opa! Será isso?
Sentimos medo de sentir saudade?
E se a causa da saudade é a morte, entao sentimos medo indiretamente da morte?
Ou sentimos diretamente o medo dela?

Pelo visto o medo e a saudade estão conectados em uma so personalidade: o ser humano.

Agora, uma pausa.
Nao quero entrar em contexto religioso (vou fazer uma postagem sobre o tema).
Mas vamos descobrir o por quê exagerado do medo da morte.

Antes de sermos, o que éramos?
Facilitando. Antes de nascermos, o que éramos?
Materialmente falando, nao éramos nada!
Deixando a religiosidade de lado, antes de nascermos nós eramos nada!
Você consegue se ver sendo um nada?

Se nós éramos nada, no nada viviamos.
Imagine o nada como a escuridão quando vc fecha os olhos.
Parece intediante, mas você veio do nada.

Após o nascimento, você passa a ter vida e vida consciente.
Daí você se depara com a morte.
O que seria ela?
Ela representa o voltar para o nada!

Entao, por que ter medo?
Você veio do nada e não reclamava enquanto estava lá.
Agora o nada está relcamando a sua ausencia e você vai para junto daqueles que também tiveram medo do seu senhor: o nada!

Mas pelo visto o nada não é tao ruim assim.
Partindo do ponto de vista que a existencia dura em media 70/80 anos, o nada que você "viveu" e o nada que você "viverá" após a morte é a continuidade da sua essencia eterna no nada.
Ou seja, o nada é o seu verdadeiro "eu" e é eterno.
Essa nossa vida é que é passageira e boba. Mas como não nos lembramos do nada parece que esta vida é a melhor coisa que se tem.
E por que seria a melhor coisa se mesmo aquele que tem condições economicas boas, tem escolaridade, tem casa, tem familia, tem amigos, tem tudo, mas nao se sente completo.

E nunca vai se sentir, por que nós pertencemos ao nada!
E para ele vamos voltar!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Da Morte (parte 1):

quando minha hora chegar
esqueça o que eu fiz
ajude-me a deixar coisas ruins no passado
nao fique com medo
pois ao se sentir sozinho
voce pode deixar tudo para tras.

esquecendo todo o sofrimento que aprendi a esconder.
achando que alguem pode me ajudar a fugir de mim mesmo.

entao esqueça.
esqueça daquilo que nao valeu.
nao se lembre do que deveria ser deixado para tras.
eu nao voltarei dessa maneira.

ninguem pode me ajudar a fugir de mim mesmo!
e nem de você.

terça-feira, 24 de março de 2009

Tic-tac de desejos

se tentarmos nós conseguiremos,
nao seguiremos o tempo
ele é apenas um sonho idealizado.
e o que seriamos sem os sonhos?
apenas brinquedos de nossos desejos
revertendo-os à realidade.

descubra,
a cada batida do som.
do som do meu coração.
Nao, nao viage pelo tempo
pelo tempo que seu desejo lhe desperta.
Mas viage no meu sonho
que é apenas o seu pesadelo mais profundo
e é o lado mais obscuro do qual vc se arrependerá de ter entrado.
Mas fica a satisfação de ter certeza de que seu tempo
nao é nada em função da minha loucura!

complete-se com todas as cores do mundo.
de um mundo q gira em função de numeros
organizados de 1 a 12
onde nao se tem a possibilidade de rever
e ver as cores
as cores do mundo.

entao, tic-tac para vc!
pq esse é o som do mundo.
tic-tac.
vc vive pelo tic-tac.
tic-tac.
o mundo se apressa
e esquece de ver o melhor do mundo.
tic-tac.
sou escravo dos numeros.
mas nao deixo
todas as noites de sonhar o meu mundo de cores
q é seu pesadelo
e meu desejo
tic-tac.

domingo, 15 de março de 2009

Resposta!

eu serei a reposta no final do tunel?
eu estarei aí para vc quando precisares?
ou estarás perdendo tempo?

queimando minhas certezas
segurando minhas esperanças...

poderá durar muito tempo
mas eu quebrarei
ate que o fim chegue

e eu n posso contar o que eu sei
que eu preciso de vc na minha vida
e se as estrelas continuarem a brilhar,
voce estará a me esperar.

me leve para um lugar seguro
seguro de minha mente
de minhas lembranças
para nao mais lutar

eu vou quebrar...
e vai ser ruim, ruim ate o final.
por que n posso contar o que sei
e sei que vc nao vai mais esperar.
e n poderei fugir de minha mente
de minhas lembranças.

a noite vai ser dolorida!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Não, não quero! Não, não. Quero!

Não, não quero uma batalha de início ao fim.
Nao quero um ciclo de batalhas recicladas, não!

Não quero uma batalha do inicio do fim!
Não quero recilcar batalhas ciclicas, não!

Não, quero batalhar mais uma vez pelo fim!
Não, quero batalhas recicladas e repetidas, não!

Não quero seguir a morte e suas amigas!
Não quero a morte e suas amigas seguir!
Não, suas amigas e a morte seguir!

Não, quero não a morte e suas amigas...

Quero subir no telhado e ver o ciclo de batalha e morte recilcadas, mais uam vez, pelo fim!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Reliquias do (In)sensato

Ontem senti que sentia tudo

Sem ter tido sido

Um centímetro

De sentido sensato.

Sentir não tem sentido

Quando sem sal

Se faz salgar

Um sonho solitário.

Sozinho salto sobre as solas

Sabendo que essa sensação

De singelo sorriso

Sairá de mancinho

Sem ser sabido.

Saber sondar os sentimentos

É sacrificar a solidez

Da consciência

Sem saída de si.

Sumir em si

Seria tudo sentir

Sem sentir sua sensação.

Não seria sentir,

Mas sentir que não sente nada.



sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

pAiXaO

onde fica esse sentir
que me causa combustao?
vem da zona de dentro
do centro do peito
e se chama paixao!
de onde brota o fogo
chamas de incineração
que aflige dia e noite
o meu coração?
de onde vem a saudade
essa louca desvairada
que fica a espreita
de minha proxima vacilada?
de onde vem o tempo
que a tudo consome
porém, ainda nao esconde
a paixao no meu olhar?
onde tudo tem um fim
onde tudo tem um preço
mas nao sou mercadoria
isso eu desconheço!
essa loucura me devora
me enche de prassao
mas quem viveria
sem um pouco de paixao?
mas essa falta de sentimento
dessa secura
nao tem cura
vem de dentro
sinto, sinto muito
e sinto acalento
tao lento
que descofigura!
paixao e frieza
os dois lados da moeda
é nela que me dou
é ela que me carrega!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Fortaleza


Nao, nao é a cidade de Fortaleza!
É muito mais do que a simples concretização de um forte.
O que significa forte?
Uma construção?
Um empunhado de areia, argila ou seja la o que for?
Uma casa?
Uma construção seria o melhor.
Construção pra que?
Pra proteger.
Proteger o que?
Algo que seja nosso.
De quem?
Dos outros...
Um forte é uma construção fechada em si mesma para proteger a propriedade de seu dono contra um possivel invasor.
Ou seja, voce luta pra manter aquilo que é seu; se fecha numa grande construção altamente armada para proteger o que não necessariamente tem dentro.
Agora o que é ser forte?
É ser tao ou igual a um desses fortes espalhados por todo o territrio brasileiro e do mundo?
É se proteger do outro?
E se for, proteger de que?
Nao seria proteger-nos de nós mesmos?
Criamos barreiras, obstaculos, caras e bocas, expreções e mentiras. Fingimos ser algo, mas nao somos. Fingimos estar felizes, quando nao estamos.
Ser forte é estar em constante guerra, mas nao com o outro, ja que ele nao sabe que voce está armado, mas é uma luta consigo mesmo, dentro de si proprio.
Ser fórte é se armar com sorrisos, com roupas, com saídas, com simpatia e demosntrar o como está muito bem armado. Mas a derrota quase sempre é pessoal e naõ atinge ao outro como pensavamos que atingiria.
Mostrar aquilo que se está sentindo é tao ruim quanto não contruir uma fortaleza para a propria defesa. Isso é triste.
O ser humano é muito egoista porque nunca vai saber o que o outro sente, sendo que a dor que eu sinto é igual a de qualquer pessoa, com uma unica diferença: a minha sempre é a mais dolorida. Sempre achamos que nossas dores sao sempre mais fortes e as dores do passado sao amenas em relação a que sentimos agora.
Se deixarmos esse egoismo de lado percebermos que sofrer é tao natural como sorrir, veremos que todos nós somos iguais em tudo, ate no egoismo! Portanto, derrubar a construção, a fortaleza será sempre ruim, porque não podemos mostrar as nossas dores, que sao muito fortes, ja que nos acharão fracos.
Fracos sao os que não libertam a dor, porque somente a libertando é q se achará o alivio para elas. É deixando a mascara de lado que nos vemos no espelho. É percebendo que a dor do outro é que nem a minha. É vendo que nao somos mais do que seres humanos, um a copia do outro e que as tuas dores ja foram sentidas por tua amiga, por tua mae, por tua avó, por tua bisavó, pelos romanos, pelos gregos, pelo homo erectus, por adão e pela eva.
São as mesmas dores que teimamos em trancafiar em nossa fortaleza. Mas lembre-se: essa luta em que as armas sao sorrisos, roupas, felicidades aparentes, sao lutas em que somente um luta e somente um perde: nós mesmos!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Segunda parte sem saber a primeira





Começou assim:


Morfeu me levou, ha dois anos atras para um lugar conhecido. Estava eu a observar. Numa casa antiga e escura, longinqua e obscura. Em Curuçá, como se fosse carnaval.

Eu nao ria. Estava em pé do lado oposto à porta do quarto. Apenas fitava a cena onde uma pessoa morena e mais alta que eu brincava e ria com minha irmã. Estavam felizes, mas eu no fundo nao estava. Lembro de somente afirmar: "Nossa, com o antigo nao era assim. Nao conhecera a minha familia".

Sentia como se nao sentisse nada. Era um modelo comparativo do passado, mas que nao completava o espirito.


Em seguida acordei num lugar muito branco. Uma janela a mostrar o brilho do sol, com uma cortina leve e pálida tentando nao afuscar minha vista.

Numa cama de casal eu estava deitado, porem, me via de cima, como um espectador a ver uma cena teatral. Como se eu nao fosse eu, mas sabia que o era.

Percebi alguem deitar ao meu lado. Nao se via o seu rosto, mas era uma pessoa loira e branca. Me fez carinho nos cabelos e eu sorri.

Uma sensação no peito gostosa e de paz. Sentia que sentia tudo. Era amor. A preciosidade maxima da minha busca estava existindo dentro do meu peito e batia forte de intensidade, mas leve de calma.

Eu sabia que seria assim de uma vez por todas e que tudo estava bem até o fim da carne.


Morfeu pegou meu braço e disse: Vamos, ora de voltar. A batalha ja começou e falta a ultima prova.


Acordei atordoado. Na epoca do sonho nada fazia sentido. Tudo estava obscuro e confuso. Toda a interpretação que queria ter nao satisfaziam as minhas necessidades. Quando 2008 chegou e conheci a primeira da minha grande e ultima prova, entao, as coisas começaram a fazer sentido. O meu sonho tornava-se realidade e com ele vinham angustias e solidao.


So que algo aconteceu. A primeira cena do sonho acab de ter seu término, porem, antes de seu real termino. E a segunda cena do sonho ja está acontecendo, sendo que deveria acontecer um pouco mais tarde.


Depois disso, Morfeu nao retornou para me tranquilizar. Ele espera o momento certo para revelar o porque da suposta inversao do sonho.


Essa era a ultima parte do sonho que nunca te falei. Somente havia contado a primeira parte porque você estava nele, mas eu sabia e sempre soube que nao seria do modo que pensavamos pois havia a segunda parte que é revelada a mim agora e que me faz ver que não preciso de você.


Deculpem, foi um desabafo que estava engasgado a desabafar ha muito tempo.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Enganando a Solidao


Em uma estrada voce caminha e encontra na beira uma placa com uma grande escritura com as letras e uma ceta indicativa para a esquerda: SOLIDAO.
Pergunto, voce iria ate a SOLIDAO ou preferiria fugir dela?

Muitos, senao a maioria e sendo mais ousado, todos prefeririam ir por outro caminho que nao passasse pela solidao.
Porem, eu lhes digo: eu faria uma visita `a solidao.
Sabem por que? Porque ficar fugindo das mazelas inevitaveis da existencia humana e' estar tentando nao ser humano.

Ninguem gosat de sentir-se sozinho. Ainda que rodeado de pessoas, das mais variadas possiveis, sempre acabamos por nos depararmos com a SOLIDAO.
Um sentimento tao aflitivo que chega a sufocar.
Nao preciso nem dizer as suas caracteristicas, pq todos aqueles que lerem essas palavras sabem o quanto pesa a solidao.

Todavia, volto a fazer uma pergunta: por que a solidao doi tanto?
Porque assim como pra morte, assim como pra perda, assim como pros outros sentimentos negativos que os seres humanos possuem, em nenhum deles estamos preparados para encarar.

Encarar a solidao nao e' algo facil e prazeiroso, mas construtivo com o tempo. Mal comparando, a solidao e' como investir na educacao: faz-se gasto, estressa-se, da' vontade de cortar a 'verba'. Mas se esquece que o resultado no investimento em educacao e' a cultura e sapiencia dos homens que vem com o tempo gradativo e nao de imediato. Assim funciona a SOLIDAO. Com o tempo e' que se tera' o resultado de conflito com ela.

Uma certa vez conversando com um amigo ele me disse algo do tipo: onde estao os teus amigo? quando eu me sinto sozinho, procuro os meus amigos.
eu respondi: os meus amigos me fazem companhia, mas nenhum deles me ensina a lidar com a solidao. Eu estou so' porque quero e nao estou mal por isso.
Esse amigo meu nao compreendeu o como a solidao podia estar me fazendo bem pelo fato de que sempre que se sentiu sozinho procurou o oposto da solidao que a COMPANHIA.
Mas se eu fosse fazer o mesmo nunca saberia lidar com a solidao como me dou hoje.

Ficar solitario e' o momento ideal para recompor as ideias e refletir sobre si mesmo, sobre as nossas vidas, sobre aqueles que nos rodeiam e o que fazemos por eles, com eles e pra eles. Estar sozinho e' uma optima oportunidade para ver-se no espelho.

Portanto, dou uma dica para os que tiverem vontade de experimentar sentir sensacoes diferentes e com elas aprender a lidar com as situacoes da vida: nao fuja da SOLIDAO, ou de quaquer outra situacao que lhe cause dor. Tomar analgezico e' bom quando a dor se torna insuportavel, mas caso o tomemos por qualquer sensacao dolorosa, nunca vamos saber nos acostumar com essa dor e focar nossas energias num aprendizado que extrapola as sensacoes corporeas.

Sim, eu creio que sou um mazoquista. Mas esse mazoquista sabe conviver perfeitamente com a SOLIDAO, convivencia essa que poucos aprenderam.

Entao nao fuja da SOLIDAO. Quanto mais fugirmos, mais ela nos axara', pq a vida e' feita pra ser sofrida e sabermos superar as dores de forma honrada, partindo pra cima da SOLIDAO e nao fugindo.

Estou enganando a solidao no momento. Ela se faz presente na minha vida por esses dias, mas ela (SOLIDAO) pensa que esta' me dominando, mas ela nao sabe que estou aprendendo com ela a ver o mundo como um lugar em que ha milhoes de pessoas e no meio de tanta gente acabei focando alguem por demais especial e a SOLIDAO nao se deu conta disso.

BEM VINDO ANO NOVO!!!

[...] ficou na minha bagagem do velho brinquedo que ja nao ilude, nao me ilude[...]
Zelia Duncan tem razao: nao ilude mais.

A SOLIDAO sente saudades dos CEZAR rei!