segunda-feira, 20 de abril de 2009

Do Nada Deus (parte II)

Existe grande diferença entre entender e aceitar.
A principio, elas podem ate se confundir, mas sao bem diferentes, ainda que sejam consequencias uma da outra.

Quando se entende algo, cabe simplesmente ter a noção do objeto ou circunstancia.
É a acepção, o conhecimento raso do q se verifica.
Se digo que entendo o fenomeno da chuva, é porque sei que o calor esquenta a agua, que vira vapor e se condensa mais tarde formando a chuva.
Entendo os mecanismos de algo. Entendo, ainda que superficialmente, o como, mas nao necessariamente a causa.
Para entender basta que se conheça um pouco do fato conhecido.

Ja aceitar é outra estoria.
Aceitar significa dizer sim. E dizer sim pode ser algo negativo.
Posso dizer sim à pena de morte. Ou seja, eu aceito a pena de morte (é exemplificativo o que ponho aqui, ok).
Entao, aceitar é jogar o entendimento de lago para dentro de si, é conhecer, é entender de forma mais interna, mais subjetiva.
Se eu aceito algo é porque tiro das minhas concepções que determinada coisa pode ser util a mim ou a outra pessoa.

Portanto, aceitar é a fase final do entender.
Mas o inverso nao é verdadeiro.
Posso entender algo, mas n aceita-lo.
Posso entender os motivos que levam uma pessoa a cometer um crime, mas nao aceito o crime cometido.
Posso entender o como a chuva se forma, mas nao aceito que ela caia em forma de agua, podendo cair em forma de neve.

Entao, aceitar e entender sao situações parecidas, porem, distintas.

Como disse a um amigo recentemente:
"No passado, as pessoas nao entendiam os homossexuais. Hoje ja se entende o seu comportamento e sabe-se que nao sao pessoas doentes ou malucas. Hoje se entende que sao pessoas normais com capacidades identicas a de qualquer outra pessoa. Porem, ainda hoje nao se aceita. E o fato de nao serem aceitos incide quando nao estamos aptos a ve-los demonstrando afeto. Uma pessoa entende que ser homossexual é normal, mas nao aceita tal comportamento, tanto é que uma pessoa pode ate ter um amigo que seja homossexual, mas n quer a homossexualidade para o seu proprio filho. Entao, se existe essa visao de distanciamento, entao ainda nao existe a aceitação, mas apenas o entendimento".

Isso é tao forte que somente os conscientes de si mesmo podem dizer se sao pessoas que entendem ou que aceitam.

Entao, primeiro devemos entender o porque da existencia humana, da existencia do mundo, do sistema solar, da galaxia, do universo e entender, acima de tudo, a nós mesmos, porque daí que se partirá para a aceitação de quem somos e de que ha um Deus muito maior do q qualquer outra coisa imaginavel ou nao.

Deus nao se mostra, mas n seja por isso q n exista.
Quando conhecemos uma obra, por exemplo, um quadro, sabemos que alguem o fez, mas nao precisamos ver o pintor para saber que ele existe. A propria existencia do quadro é suficiente para caracterizar a existencia do pintor.

Agora imagine o universo e principalmente o homem, dotado de inteligencia. Ora, se construimos maquinas com inteligencia artificial, é poruqe somos dotados de inteligencia para a construção de algo inteligente. Entao nós, mero humanos, fomos criados por algo inteligente. Parece mais obvio!

Uma parabola:
Uma vez o homem chegou a Deus e lhe disse: Deus, eu sei como criar o homem.
E Deus leh responder: Pois bem, cria-o.
O homem disse: É so pegar um pouco de barro...
E Deus interpelou de imediato: Espera. Primeiro faz o teu barro proprio para depois criar o teu proprio homem.

Moral da estoria: a gente usa aquilo que nos foi dado n por nós, mas por outro pre-existente a nós.

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