Estacionado no topo da rua, a qual tinha uma inclinação suave.Deste topo se via uma pequena parte da cidade, pequenissima na verdade!
Atras de si uma igreja; na frente uma rua de largura apenas para dois carros. Um sopro gostoso no rosto e uma louca vontade de voar.
Nao um voar de bater asas, mas de levitar do chao, do proprio corpo e sentir-se livre.
Nenhum som, nenhum movimento. Ninguem na rua. Nem um ruído sequer.
Era apenas ele, sozinho, no topo da rua!
Acelerou as pernas e correu. Dez passos após o percurso deu um salto rumo aos ceus. A gravidade apenas fez sua parte: puxou o rapaz para o chao.Prendendo a respiração como quem quer flutuar por sobre as aguas, ele flutuou a dois palmos de distancia do chao e em inercia ia descendo a rua.
Era dificil manter-se concentrado no voar, mas a sensação era de total liberdade. Fradativamente voltou ao solo se debatendo. Instigado por nao conseguir manter-se flutuando, retornou ao topo da rua meio ofegante. Voltou a correr e saltou novamente rumo aos ceus e prendendo a respiração. Flutuou novamente por dois palmos do chao descendo a rua com o suave sopro do ar aos seu olhos.
A respiração lhe falatava por prenda-la em excesso para manter-se no ar. Expirou e rolou fortemente no chao asfaltado. Lanhou sua pele, sem ferir-se no chao. Levantou-se ofegante, como se estivesse com asma. Era dificil demais manter-se voando.
Sua visao embaçou e seus olhos reviraram. Estava tonto e iria desmaiar. O voo consumiu toda a sua energia e ele desfaleceu ao chao por sobre os ceus azulados e silenciosos como aquela cidade.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
É, quando a gente resolve voar, nao é facil até aprender. Muitos tombos vem até aprendermos a ter firmeza nas asas.
ResponderExcluirBelo texto.
Abçs!!!!
http://blogpontotres.blogspot.com/
Esa foi boa. Daria até um curta :D
ResponderExcluir